Quatro cidades pernambucanas ficaram entre as 20 do País com maior índice de homicídios na adolescência. É o que aponta o resultado de uma pesquisa feita em 266 municípios do Brasil, realizada pelo Programa de Redução da Violência contra Adolescentes e Jovens, do governo federal.
O índice de homicídios na adolescência avalia o risco de jovens, entre 12 e 18 anos, morrerem assassinados. De acordo com a pesquisa, que teve como base o ano de 2007, Olinda ficou em terceiro lugar: em um grupo de mil jovens, 8 morreram assassinados. Ficou atrás apenas de Foz do Iguaçu, no Paraná, com índice de 11,8, e de Cariacica, no Espírito Santo, com taxa de 8,2.
No Recife, esse índice foi de 7,3. Paulista aparece em décimo primeiro, com um índice de 5,8; Jaboatão dos Guararapes é o décimo oitavo, com 5,3 jovens assassinados. A secretária dos Direitos Humanos da Presidência da República, Carmem Oliveira (foto), explica o porquê desse panorama: “Em alguns estados do Nordeste, temos uma associação entre homicídios e extermínios de adolescentes”.
O estudo foi realizado em parceria com o Fundo das Nações Unidas (Unicef) e o Observatório de Favelas e avaliou municípios com mais de 200 mil habitantes. O resultado aponta que, se as condições dessas cidades não mudarem, o número de adolescentes assassinados entre 2007 e 2013, no Brasil, pode chegar a quase 33 mil.
“A adolescência não está pautada na política pública. Nós não temos hoje médicos especializados no atendimento a adolescência e temos um problema muito grave relacionado a drogas, especialmente o crack, que faz com que se entre com uma proximidade mais forte no narcotráfico”, afirmou Carmem Oliveira.
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