sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Gestão Pública Ambiental nos Centros Urbanos

No atual cenário de construção da sociedade, os centros urbanos são responsáveis por abrigar, de maneiras diversas, mais de 80% da população brasileira. Uma das preocupações com esse "inchaço" populacional é como administrar uma cidade com toda a responsabilidade ambiental sem se despender do desenvolvimento econômico e social. Como fazer cuidar das pessoas e do meio ambiente, desenvolvendo e cuidando de ambos?
Um dos termos mais utilizados na atualidade quando se fala em gestão pública é Gestão Sustentável, entretanto construir uma cidade com aspectos que visem a sustentabilidade vai muito além de propagandas de marketing que visem dar resposta a essa preocupação.
Segundo o Estatuto das Cidades elaborado em 2001 uma das diretrizes gerais para que a política urbana alcance o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade é a garantia do direito as cidades sustentáveis, ou seja, o direito dado a todos os habitantes a terra urbana, a moradia, ao saneamento ambiental, a infra-estrutura urbana, ao transporte e demais serviços públicos, ao transporte e ao lazer, não só para essa geração como para as gerações futuras [Estatuto das Cidades].
O principal objetivo do poder público é garantir a qualidade de vida da população de forma justa e igualitária. Quando pensamos no ser humano como parte do meio ambiente chegamos a conclusão de que não se pode desenvolver e preservar a natureza sem cuidar das pessoas, e vice-versa.. Meio ambiente e população estão diretamente ligados. É impossível pensar nas sociedades futuras por exemplo sem que se garanta a preservação da água, flora, fauna, qualidade do ar etc. Mesmo nos grandes centros urbanos é necessário ter uma preocupação com as áreas verdes e com a melhoria da qualidade de vida a partir da colaboração entre todos os entes que compões a sociedade para a garantia de um ambiente sustentável.
Uma grande dificuldade do governo na administração da cidade é da garantia da distribuição do território urbano entre seus habitantes. O aumento da população urbana gerou também um aumento agravante de moradias de risco, e comunidades sem a menos fiscalização nem condições mínimas para uma vida  de qualidade.
Além dos problemas com a falta de espaço para ocupação habitacional, as cidades não conseguiram ampliar os seus serviços públicos básicos para abarcar toda uma população que cresceu quase que 5 vezes em menos de 100 anos.
É preciso combater esse problema a partir da formação da sociedade para que a mesma gere meios de desenvolvimento e preservação ambiental. Construir uma cidade sustentável é utilizar todos os recursos naturais para a garantia da qualidade de vida desta geração e de outras. Utilizar esses recursos de forma consciente, sem deixar se levar pelo consumismo, ainda muito imperante nas sociedades contemporâneas.
O desafio de uma cidade sustentável só poderá ser conseguido com uma gestão democrática e participativa que pense meio ambiente e população simultaneamente. Construindo um futuro melhor para todos.