No dia 08 de março, dia internacional
da mulher, devemos não só homenagear, mas pautar e lembrar sempre da contribuição
que as mulheres deram na história nossa do povo brasileiro.
Em vários momentos as
mulheres contribuíram nas lutas do povo contra a opressão e contra as discrepâncias
sociais que condenavam nossa sociedade, como na Revolução de 30, onde as
mulheres foram as ruas na luta em prol do combate as desigualdades, o que resultou
na conquista do direito ao voto feminino em 1932, ou mesmo na ditadura militar,
onde muitas mulheres foram presas e torturadas e outras muitas encontram-se
desaparecidas até hoje. Figuras importantes como Maria Quitéria, Anita
Garibaldi, Olga Benário, Helenira Rezende, entre outras, nós mostram que apesar
de toda a repressão e preconceito as mulheres não fugiram da luta, sacrificando
suas vidas por um Brasil mais justo e igualitário.
Recentemente o povo
brasileiro foi responsável por uma grande vitória na luta contra pela
valorização da mulher. Em 2010 tivemos eleita a primeira mulher presidente do
Brasil. Tal vitória não levou só a frente a luta contra o preconceito, mas
também representou a continuidade de um projeto progressista que pensava no
Brasil e no seu povo, encabeçado pela presidente Dilma e que vem ajudando a
mudar a vida de milhares de pessoas que antes não tinham nenhuma perspectiva
que não fosse a miséria.
Mas tais fatos não apagam a
existência ainda de forma acentuada do machismo, e da secundarização do papel
da mulher em nossa sociedade. Nossa briga tem que ser pela construção de um
país democrático e que inclua as mulheres cada vez mais nos espaços de poder e
decisão.
“A
verdadeira democracia será conquistada quando a sub-representação das mulheres
for superada em postos de poder e decisão, criando condições para que a mulher
se realize enquanto sujeito emancipado”.
Nota do PCdoB ao dia das mulheres, 08 de março de
2012.
Um Brasil onde as mulheres recebem pouco, tem menos
oportunidades, participam de pouquíssimos espaços de protagonismo, não recebem
o acompanhamento necessário pelo Sistema Nacional de Saúde e ainda são vítimas de
vários tipos de violência, inclusive dentro de suas próprias casas, não pode
ser o país que queremos.
Precisamos acentuar o combate às desigualdades
entre homens e mulheres e pensar em políticas públicas e leis que garantam o
pleno desenvolvimento de todos os brasileiros e brasileiras em níveis iguais.
Lugar de Mulher é em Todos os Lugares!
É
preciso partir agora do patamar em que chegamos e garantir mais direitos para
as mulheres, criando leis que as protejam da violência, seja na implantação de
programas sociais que atendam à saúde da mulher, ou criando políticas que
avancem rumo a um mundo com igualdade de gênero.
Tese do 16º Congresso da UJS,
Junho de 2012.
Pensar no combate as desigualdades é um papel de
todos nós, homens e mulheres, certos de que a construção de um Brasil soberano
e democrático parte da mobilização e conscientização de seu povo para combater
as mazelas que ainda nos assolam e nos colocam em contradição com nossa
história de luta.