Todo o mundo está na expectativa desde a última sexta-feira11/03 quado um doas maiores terremotos da história atingiu o Nordeste do Japão, alcançando diversas cidades e provocando um grande tsuname que varreu cidades inteiras, levando a população mundial ao desespero e pesar pelas milhares de vidas encerradas com tais desastres naturais.
Após essas catástrofes o planeta observa com bastante ansiedade a questão das usinas de energia nuclear japonesas atingidas pelo terremoto e pelo tsuname, em especial a usina de Fukoshima onde alguns reatores apresentaram problemas por conta do defeito no sistema de refrigeração, causando explosões dos mesmos e vazamento de material radioativo, o que pode causar sérios riscos a saúde da população japonesa e perdurar por décadas.
Tais fatos acenderam o alerta quanto aos riscos da energia nuclear, muito utilizada em diversos países, principalmente os que mais consumem e onde a energia através de usinas hidroelétricas já não consegue suprir a necessidade de gastos da população. O Japão é uma das maiores potências econômicas e capitalistas do mundo e consume uma quantidade enorme de energia. As usinas nucleares japonesas correspondem a 25% de todo o abastecimento energético do país que agora corre a eminência de passar por uma grande crise energética.
O investimento em energia nuclear ainda não é de total segurança para a população, a prova disso é que esse não é o primeiro acidente causado por vazamentos de usinas nucleares.
Em 28 de março de 1979, falhas técnicas, humanas e operacionais não permitiram o resfriamento normal de um reator na usina de Three Mile Island, na Pensilvânia, e seu núcleo começou a derreter. Foi o mais grave acidente nuclear dos EUA: cerca de 140 mil pessoas foram retiradas da região, e gases radioativos escaparam e atingiram a atmosfera.
Em agosto de 1979, um vazamento de urânio, também nos Estados Unidos, atingiu uma instalação nuclear secreta perto de Erwin, no Tennessee, contaminando cerca de mil pessoas.
Entre janeiro e março de 1981, quatro vazamentos radioativos na usina nuclear de Tsuruga, no Japão, contaminaram cerca de 278 pessoas.
Em 26 de abril de 1986, o reator número 4 da usina soviética de Chernobyl, na Ucrânia, explodiu durante um teste de segurança. Foi a maior catástrofe nuclear civil da História. A estimativa oficial de mortos é de 25 mil, mas poderia chegar a 500 mil. Por dez dias, o combustível nuclear queimou, jogando na atmosfera mais de 200 bombas atômicas, contaminando três quartos da Europa. Moscou tentou encobrir o desastre, classificado de nível 7 (o mais alto). As vítimas foram russos, ucranianos e bielorrussos. Um sarcófago foi construído ao redor do reator.
Em abril de 1993, uma explosão na usina de reprocessamento de combustível irradiado em Tomsk-7, cidade secreta da Sibéria Ocidental, provocou uma nuvem e projetou materiais radioativos. O número de vítimas é desconhecido.
Em 11 de março de 1997, a usina experimental de reprocessamento de Tokaimura. no nordeste de Tóquio, foi parcialmente paralisada depois de um incêndio e de uma explosão. Trinta e sete pessoas ficaram contaminadas.
Em 30 de setembro de 1999, um novo acidente em Tokaimura levou à morte dois técnicos da usina. Foi o maior desastre nuclear civil do Japão, provocado, involuntariamente, por funcionários que usaram uma quantidade excessiva de urânio, provocando uma reação nuclear descontrolada. Mais de 600 pessoas foram expostas à radiação.
Em 2004, na usina nuclear de Mihama, vapor não radioativo vazou por um encanamento, que acabou se rompendo. O acidente foi provocado por uma grande corrosão. Cinco funcionários morreram devido a queimaduras.
Em 23 de julho de 2008, durante uma operação de manutenção nos reatores da usina nuclear de Tricastin, no sul da França, substâncias radioativas vazaram, contaminando levemente centenas de empregados (fontes: oglobo.globo.com).
Agora autoridades e especialistas em energia nuclear tentam desesperadamente reverter a situação em Fukoshima, tentando resfriar os reatores e evitando explosões e vazamentos nos mesmos.
É necessário um investimento imediato em energias alternativas como a eólica e a energia solar, além de uma redução no consumo de energia, em especial nas grandes potências econômicas, evitando que mais desastres como esse aconteçam e que gerações inteiras sejam dizimadas por um instinto de consumismo e exploração.